domingo, 27 de julho de 2014

João Ubaldo, grande cronista, grande escritor, grande perda para a literatura.


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Quando analisamos o estilo literário de Ubaldo percebemos uma carga de ironia e aspectos sociais do Brasil sendo constantemente trabalhados. O escritor não se prende em seguir a linearidade se tratando do enredo, que muitas vezes pode começar pelo meio ou fim.

JoãoUbaldo
Nesta sexta-feira, 18 de Julho, perdemos mais um dos grandes romancistas brasileiros da atualidade. João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu em 23 de Janeiro de 1941, na cidade de Itaparica, Bahia. Criou-se na casa de seu avô materno até seus dois anos de idade, quando se mudou para Aracajú (SE), com seus pais e seus dois irmãos.
Seu pai, Manuel Ribeiro, advogado de respeito na capital baiana, fundou e dirigiu o curso de Direito da Universidade Católica de Salvador. Sempre mantendo uma preocupação excessiva com o filho quanto aos estudos, contratou um professor particular, cujo seu empenho possibilitou que João Ubaldo entrasse no Instituto Ipiranga no ano de 1948, onde teve acesso a diversos livros infantis, principalmente a obra de Monteiro Lobato.
No ano de 1951 ingressou no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, sempre se aplicando aos estudos, prestando contas ao seu pai sobre quantos livros leu, quais foram os autores e muitas vezes sendo obrigado a fazer resumos e traduções de trechos das obras. Ubaldo sempre afirmou que fazia tais tarefas com muito prazer, não via como uma árdua obrigação a ser cumprida. Em suas férias escolares aproveitava para estudar latim, traduzir canções francesas das quais seu pai gostava e copiava os sermões do Padre Vieira, além de suas demais leituras.
Em 1953 por conta das perseguições políticas sofridas por seu pai, mudou-se com a família para Salvador. Ingressou no Colégio Sofia Costa, onde se sentiu pressionado por sua professora de língua inglesa que discordava de seu sotaque com a língua. Para ela Ubaldo pronunciava de modo incorreto, mas ele afirmava que seu aprendizado era focado no inglês britânico, herdado de seu professor particular, justificativa para a diferença de pronúncia. Mesmo com tal impasse ele se esforçou na matéria, chegando a decorar cerca de 50 palavras da nova língua por dia. Ainda na escola, em 1956, tornou-se amigo de Glauber Rocha. No ano seguinte, estreou no jornalismo começando como repórter no Jornal da Bahia, posteriormente exercendo o posto de editor-chefe.
Em 1958, iniciou o curso de Direito na Universidade Federal da Bahia, onde participou do movimento estudantil e, juntamente com Glauber Rocha, editou jornais e revistas. Foi um aluno totalmente aplicado, mesmo sem nunca ter exercido a profissão de advogado. Durante o curso aprofundou-se em grandes nomes da literatura nacional e internacional, como Shakespeare, Cervantes, Homero, Graciliano Ramos e Jorge de Lima. Após concluir o bacharelado em Direito, cursou pós-graduação em Administração pública.
Em 1959 ingressou no curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército (CPOR) da Bahia, mas não chegou a concluí-lo, devido a uma viagem que faz pela universidade aos Estados Unidos, onde posteriormente, no ano de 1964, retornou para fazer seu mestrado em ciência política por intermédio de uma bolsa de estudos.
Foi professor na Escola de Administração e na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Sua carreira literária começou muito cedo, dado o tamanho interesse e paixão que sentia pelo mundo das letras. Quando ainda jovem foi um dos escritores a participar do International Writing Program, da Universidade de Iowa. Com sua presença no meio da imprensa teve maior notoriedade com seus livros de ficção, construindo uma carreira promissora como cronista, romancista, jornalista e tradutor.
joao-ubaldo-ribeiro
Seu primeiro livro foi escrito aos 21 anos de idade, Setembro não tem sentido, que na verdade deveria ser intitulado de A semana da pátria, mas não foi bem aceito pela editora. Sua segunda obra foi Sargento Getúlio, de 1971, consagrado como romance moderno brasileiro. Três anos depois, publicou seu livro de contos Vencecavalo e o Outro Povo, que também por sua vontade seria intitulado de A Guerra dos Paranaguás.
Quando analisamos o estilo literário de Ubaldo percebemos uma carga de ironia e aspectos sociais do Brasil sendo constantemente trabalhados. O escritor não se prende em seguir a linearidade se tratando do enredo, que muitas vezes pode começar pelo meio ou fim.
Era o sétimo ocupante da cadeira número 34 na Academia Brasileira de Letras, eleito em 7 de Outubro de 1993 na sucessão de Carlos Castello Branco. Como tantos outros nomes importantes de nossa literatura, Ubaldo deixa um rico acervo de crônicas, contos, ensaios e romances como seu legado à nossa inteira disposição. Mesmo com muita tristeza pela perda de mais um nome no meio literário, e  precocemente, visto que se encontrava com seus 73 anos, teremos sempre suas palavras eternizadas por meio da escrita que permanece.

terça-feira, 22 de julho de 2014

PROJETO "BAÚ DA LEITURA"

PROJETO "BAÚ DA LEITURA"

PROFESSORA RESPONSÁVEL: SONIA ALVES DA SILVA
ALUNOS: ENSINO FUNDAMENTAL CICLO II

JUSTIFICATIVA:
A escola é um ambiente que deve garantir o acesso e contato com o universo literário. O ensino da leitura e da escrita é tarefa de todas as áreas do conhecimento e em especial na disciplina de Língua Portuguesa, em que o docente deve fazer o aluno refletir para as diversas leituras e em especial para o que está obscuro nas entrelinhas do texto, também chamadas de "inferências", ou sentidos implícitos. Buscamos com este projeto, desenvolver maior concentração e atenção dos alunos para que ampliem a aprendizagem em todas as áreas do conhecimento. Ao tornarem-se leitores autônomos estarão preparados para aprender a aprender sempre.

OBJETIVOS:
- Estimular a leitura, buscando formar leitores autônomos;
- Desenvolver um comportamento leitor;
- Desenvolver a atenção e concentração dentro do espaço escolar apesar das interferências internas e externas;
- Ampliar o gosto e hábito pela leitura.
- Aprimorar a competência leitora e escritora.

ORIENTAÇÕES AOS ALUNOS:
- Os alunos deverão escolher um dos livros do “Baú literário" para que possa realizar a leitura nos dias do projeto;
- As leituras serão realizadas toda semana  durante uma aula em todas as séries do Ensino Fundamental Ciclo II;
- Os alunos farão uma leitura pessoal e silenciosa;
- Será destinado um tempo estipulado pelo professor juntamente com a classe, para leitura da obra que poderá ser individual ou em grupos, sendo um exemplar para cada aluno;
- No decorrer do bimestre a leitura cada classe fará um  trabalho sobre e obra lida, que poderá ser avaliação para aferição de leitura, resumo, apresentação, vídeo, cartazes do que mais chamou atenção na obra, programa de rádio, confecção de suas próprias histórias, etc.

AVALIAÇÕES: Os alunos serão avaliados:
- através da participação, trazendo o LIVRO para que possa realizar as leituras semanais;
- através do seu desenvolvimento nas habilidades leitoras e escritoras;
- através das atividades propostas para a série;
- através do desenvolvimento do comportamento e hábito leitor.

“Ler pode ser ato incendiário, mas pode ser concebido e praticado de tal modo a apagar qualquer fogo do questionamento.”
Pedro Demo em “Leitores para sempre”


Execução do Projeto - No segundo bimestre os alunos do 8º ano, formaram grupos de 4, 5 pessoas e todos do grupo leram um livro ( o mesmo). Após determinar um tempo de um mês, eles tiveram que resumir e fazer uma exposição oral, destacando os aspectos mais importantes da obra. As obras escolhidas foram as seguintes:

                                           


     

     

FOTOS DA EXPOSIÇÃO ORAL DOS ALUNOS EM SALA DE AULA:




Alunos da esquerda para a direita: Alba, Douglas, Adriele e Débora.



Alunos da esquerda para a direita: Letícia, Isabela, Victor e Philip.



Alunos da esquerda para direita: Eliandra, Pollyanna, Gabriele e Fabiane.

Livros que mais chamaram a atenção dos alunos:


Natália D. M.:  SANGUE FRESCO, porque foi um livro cheio de aventuras e que despertou  minha vontade de ler, do que os outros livros.

Layanne D. M.:  SANGUE FRESCO,  quero ler nas férias, chamou minha atenção o fato de um homem sequestrar crianças para vender o sangue para outro país e curar pessoas doentes.

Ingridy Marcela R.M.: O DIÁRIO DE ANNE FRANK.  Achei interessante porque fala de uma menina judia que vive em um centro de concentração e escreve tudo o que acontece em seu diário.

Alba Valéria H. O. L: A DROGA DA OBEDIÊNCIA,  porque é muito interessante, fala sobre uma turma que investiga mistérios.

Raul F. C. M.:  O DIÁRIO DE ANNE FRANK,  um diário de uma menina que conta os anos que ocorreram na guerra. Ela vivia no porão, debaixo de um escritório que era do pai dela.Morreu de epidemia de uma gripe aos 15 anos e mais tarde quando o pai  estava vendo as coisas da filha encontra o diário e resolve publicá-lo.















Atenção alunos do 8º ano - Leiam! É aprofundamento do conteúdo do 3 º Bimestre "Sujeito e Predicado".

VERBOS DE LIGAÇÃO, PREDICATIVO DO SUJEITO e PREDICADO NOMINAL

Por Cristiana Gomes
 
Os verbos de ligação não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características.
Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.

Ex. A Maria é inteligente.

O verbo ser não indica ação, ele está ligando o sujeito ( A Maria) ao predicativo (inteligente).

PREDICATIVO = é o termo que modifica o sujeito. O predicativo nos informa alguma coisa a respeito do sujeito.

O termo "inteligente" é uma qualidade, característica de Maria, logo é chamado de predicativo do sujeito.

Os principais verbos de ligação são:

SER= O carro é novo.
ESTAR= João está feliz.
PARECER= Joice parece cansada.
PERMANECER= A moça permanece aflita.
FICAR= Nicole ficou triste.
CONTINUAR= Diana continua feliz.
ANDAR= Cláudia anda nervosa.

Os termos: novo, feliz, cansada, aflita, triste e nervosa informam algo a respeito do sujeito.
Carro-novo
João-feliz
Joice-cansada
A moça-aflita
Nicole-triste
Diana-feliz
Cláudia-nervosa

Podemos dizer que, de um modo geral, predicativo do sujeito é tudo aquilo que se fala do sujeito.
O predicativo do sujeito vem acompanhado do verbo de ligação.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Alguns verbos podem aparecer como:
-Transitivos
-Intransitivos
-Ligação

Para fazermos uma correta análise, é preciso verificar o contexto em que estes verbos estão inseridos.
Ex. O homem anda depressa.
Andar neste contexto significa modo,maneira que o homem anda.É um verbo de ação(portanto não poderá ser de ligação).Aqui andar é verbo intransitivo.

O homem anda preocupado.

Nesse caso andar indica o estado em que o homem se encontra.Logo,trata-se de um verbo de ligação.

Ela continua feliz. Indica estado. Verbo de ligação.

Ela continua sua tarefa. Indica ação. Verbo transitivo direto.

PREDICADO NOMINAL

É formado por um verbo de ligação (V.L.) e um predicativo do sujeito.

O predicado nominal nos informa algo a respeito do sujeito.
Indica um estado ou uma qualidade do sujeito.

O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito.

Exemplo: A prova era difícil.
Sujeito = [a prova]

Núcleo de sujeito= [prova]
Predicado = [era difícil]
Tipo de Predicado:  Nominal ( verbo de ligação+predicativo do sujeito)
Verbo de Ligação = [era] + Predicativo do Sujeito = [difícil]
Núcleo do predicado nominal = [difícil].


Mais exemplos:
A criança ficou ferida.
Aquela mulher parece uma criança.

 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

REFORMA ORTOGRÁFICA: Acentuação gráfica Tabela traz regras já de acordo com a nova ortografia

Tipo de palavra ou sílabaQuando acentuarExemplos (como eram)Observações
(como ficaram)
Proparoxítonassempresimpática, lúcido, sólido, cômodoContinua tudo igual ao que era antes da nova ortografia.
Observe:

Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal).
ParoxítonasSe terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S
fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden.
Continua tudo igual.
Observe:
1) Terminadas emENS não levam acento: hifens, polens.
2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal).
3) Não ponha acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam emI: inter-helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato.
OxítonasSe terminadas
em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS
vatapá,
igarapé, avô, avós, refém, parabéns
Continua tudo igual.
Observe:
1. terminadas em I,ISUUS não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi.
2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê(Brasil); bebé, puré(Portugal).
Monossílabos tônicos (são oxítonas também)terminados em A, AS, E,
ES, O,OS
vá, pás, pé, mês, pó, pôsContinua tudo igual.
Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc.
Í e Ú em
palavras oxítonas e paroxítonas
Í e Ú levam acento se estiveremsozinhos na sílaba (hiato)saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís.
2. Não se acentuam iu se depois vier 'nh': rainha, tainha, moinho.
3. Esta regra é nova: nasparoxítonas, o i e unão serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio).
4. Mas, se, nasoxítonas, mesmo com ditongo, o i e uestiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú
.
Ditongos abertos em palavras paroxítonasEI, OI,idéia, colméia, bóiaEsta regra desapareceu (para palavras paroxítonas).Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia.
Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R.
Ditongos abertos em palavras oxítonasÉIS, ÉU(S), ÓI(S)papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer)Continua tudo igual(mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas).
Verbos arguir e redarguir (agora sem trema)arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.Esta regra desapareceu.
Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas):
eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue.
Verbos terminados em guar, quar e quiraguar
enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.
Esta regra sofreu alteração. Observe:.
Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eleságuam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas.
Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue).
ôo, eevôo, zôo, enjôo, vêemEsta regra desapareceu.
Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo.
Verbos ter e virna terceira pessoa do plural do presente do indicativoeles têm,
eles vêm
Continua tudo igual. 
Ele vem aqui; eles vêm aqui.
Eles têm sede; ela tem sede.
Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir)na terceira pessoa do singular leva acento agudo;
na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo
ele obtém, detém, mantém;
eles obtêm, detêm, mantêm
Continua tudo igual.
Acento diferencial
Esta regra desapareceu, exceto para os verbos:
PODER (diferença entre passado e presente.
Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje.
PÔR (diferença com a preposição por):
Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos;
TER e VIR e seus compostos (ver acima).
Observe:
1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR:
Para-raios, para-choque.
2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.
Trema (O trema não é acento gráfico.)
Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico.
Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano

domingo, 16 de junho de 2013

Produção de textos - gênero:dissertativo - alunos dos 9º anos "A" e "B".

Bullying, só no século XXI?

     O bullying sempre existiu. Sempre existiu um negro que foi discriminado por sua cor, um gordinho desprezado por não praticar esportes, uma menina excluída por estudar ao invés de ir às baladas... Enfim, sempre existiu esse tipo de preconceito, mas só agora ele ganhou esse nome.
      Nas escolas, principalmente, muitos jovens (e até crianças) sofrem bullying. Dificilmente você passa o seu tempo na escola sem ser discriminado, mesmo que pelas costas. O número de pessoas que são discriminadas só aumenta e muitas delas recorrem ao suicídio como forma de se livrar disso, quando, na verdade nós deveríamos ajudá-las a combater esse problema.
     O bullying só causa transtornos, como diminuição do rendimento escolar, traumas, doenças psicológicas e, em alguns casos, suicídios e até homicídios.
     Portanto, devemos combater esse mal, reforçando as normas contra ele e, também pense, você gostaria de ser discriminado? Então não pratique bullying.

Paulo Ricardo Holtz Coração - aluno do 9º ano "A" - Escola E. Prof. Renato Angelini.

  





Uma aula sobre o texto "Meu primeiro beijo"

Meu Primeiro Beijo
Antonio Barreto

     É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
     Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos: "Você é a glicose do meu metabolismo. Te amo muito! Paracelso"
     E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
     No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
     - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.Mas ele continuou:
    - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
     - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
      Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.
Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430